O projeto do trem bala Rio-SP até agora não saiu do papel (mas já aumentou o seu valor várias vezes) e o VLT de Macaé ficou inviável. Até nos Simpsons há um capítulo onde a cidade de Springfield fracassava na tentativa de implantar esse transporte. Por que, então, iria acreditar num projeto que prevê a fantasia de estender uma linha suspensa através de Campos, por 30 km, desde Travessão a Goytacazes? E por 'apenas' R$ 400 milhões?
Me propus um desafio: acompanhar todo o desenvolvimento do projeto, afim de comprovar meu palpite.
Pois bem, não passou um mês desde que o prefeito-deputado Garotinho anunciou o projeto, no seu blog, que já começamos a cair na real. Vejam só:
Dia 3 maio 2013: Garotinho anuncia a extensão do trajeto do Aeromóvel. E informa que o custo de R$ 400 milhões será repartido da seguinte maneira: 300 milhões do governo federal, 100 milhões da prefeitura de Campos.
Dia 27 de maio 2013: A Câmara Municipal de Campos aprova projeto de Lei enviado pelo executivo municipal, afim de que o Município possa se endividar em 300 milhões com a Caixa Econômica Federal, para bancar o Aeromóvel, além de mais 96 milhões que sairão do bolso direto da Prefeitura.
Conclusão provisória #1: o Município passa a bancar o Aeromóvel, aparentemente, no seu custo total. Cabe se perguntar neste ponto: e a contrapartida do Governo Federal? Não era que o projeto ia ser bancado com recursos do PAC?
O jogo das diferenças, da ideia à realidade, está só começando. Aguardem que virão mais surpresas (caríssimas) por ai!
Um comentário:
Chega a ser ridículo a prefeitura se endividar para gastar 400 milhões em um automóvel aéreo, que só cabem 20 pessoas, destruir a cidade, casas, famílias, ao invés de construir um hospital, para tirar as pessoas dos corredores e das filas de espera por um atendimento digno.
Foi feita alguma pesquisa com a população para saber a opinião da maioria?
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